sexta-feira, 14 de novembro de 2014

TÓPICOS PARA A PROVA - (Revisão Professor Darlyson, dia 14/11/2014)



Prezados colegas.
Prova do Darlyson. Muita calma nessa hora. Rssrsrsrs
O link abaixo é para acessar a minha pasta no google drive e baixar os arquivos:


 Os tópicos que ele passou na revisão para a gente estudar são os seguintes:

1) Reis e Profetas do Reino Unido e do reino Dividido (Israel + Judá).
            <anexo 1> ANEXO 01 Reis de Israel e de Judá
            * Saiba localizar o profeta bíblico na linha do tempo.

2) Leitura Analítica de Claude Tassim (O Judaísmo do Exílio ao tempo de Jesus - página 7-11)
            * Judaísmo (PG 7-11) – este documento foi preparado por Antônio.
 Se você quiser também dá para estudar no arquivo pdf que a Eunice já passou

3) Power Point
<anexo 2> Judaísmo
            *  Vai cair somente Slides 29-36

4) Alfabeto Hebraico (22 letras)
            <anexo 3>
* ANEXO 03 Pronúncia da língua hebraica

5) Festas Judaicas: Não será exigida a correspondência das festas judaicas no NT.
            <anexo 4>
* ANEXO 04 FESTAS JUDAICAS

Atenção:
Também enviei um pdf "Noções de Hebraico Bíblico"
Aproveitem e Bons Estudos

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Resenhas do Professor Joel



MORAES, Eva Aparecida Rezende de, Interlocutores e proposições: interfaces entre  Teologia  e ciências modernas. In: A Teia do Conhecimento, Fé, Ciência e Transdisciplinaridade. São Paulo: Paulinas. 2008, p. 99-132.

Doutora em Teologia, professora do Departamento de Teologia da PUC-RJ

Pós-graduada em Matemática com aplicação em álgebra, cálculo e física, pela Faculdade Fafi Pronafor, em Além Paraíba, desde 1983.

Doutora em Teologia pela  PUC-Rio, em fundamentação  trinitária  eclesiológica  a  partir de Yves  Congar  e o Concílio Vaticano  II, desde 2004.
Publicações: participações em livros; artigos na REB (Revista Eclesiástica Brasileira) e na Revista de Teologia Atualidade da PUC-Rio; artigos publicados em sites de internet.
A autora é teóloga católica e docente nessa área. Tenta uma conciliação entre teologia e física quântica a partir dos conhecimentos que têm e de uma análise da história da teologia e da ciência. É habilidosa em construir paralelos entre teologia e ciência.
A autora tem como objetivo demonstrar a necessidade da interdisciplinaridade e fazer aproximações entre a teologia e a Física moderna. Começa falando da urgência bem como da possibilidade do diálogo interdisciplinar. Essa é sua crença principal, de que tal diálogo é plenamente possível.
Depois passa a postular uma epistemologia que seja uma ponte entre a Física moderna e a Teologia, a partir da crise dos paradigmas científicos ocorridos no século XX.
Por fim, faz algumas aproximações entre descobertas da Física e conteúdos teológicos.
I- Física e Teologia se distanciaram na história, porém não foi sempre assim. A autora cita Rosenfeld, "A história do Universo é a mãe de todas as histórias". (ROSENFELD: 2003). Cita o pensamento de Marcelo Gleiser como representativo de cientistas atuais, afirmando que "há proximidade entre razão e fé: o apetite pelo saber racional e o senso de mistério inspiram o pensamento religioso e estão na raiz de toda ciência." (GLEISER: 2001).

O universo em seus mistérios foi o motivador do surgimento tanto da religião quanto da ciência.

Já na Grécia iniciou-se uma leitura unívoca entre ciência e religião. Pitágoras, Platão, Agostinho, Tomás de Aquino, Descartes, Spinoza e Leibniz, demonstram, segundo a autora, "uma fusão íntima entre religião e raciocínio, entre aspiração moral e admiração lógica pelo que é intemporal". (101).
O divórcio (“o iluminismo e sua racionalidade dividiram de forma radical o que sempre viera junto: Deus e o mundo".) inicia-se em Isaac Newton, Galileu Galilei e o racionalismo seguinte.
Mas, depois das descobertas feitas pela Física Moderna possibilitou-se uma aproximação epistemológica entre a ciência e a Teologia.
A etimologia da palavra "Universo" (Uni + verso) bem como o conhecimento de que somos "pó de estrelas" e os três fatores que contribuem para o processo científico de descrição do mundo natural (dedução, indução e intuição) leva a pergunta: "Se o universo é assim interligado como pudemos um dia pensar que o poderíamos explicar de forma isolada, com um único método de uma única ciência?".

A Ciência não consegue responder essas perguntas: "Por que o Universo existe?". Perguntas científicas não devem ser feitas à Bíblia nem à igreja, mas se a questão é o significado ou o que se deve fazer, então sim. Tanto a Ciência passou a ser mais modesta no início do século XX como a Teologia também evoluiu.

("as teologias devem comunicar as verdades da fé usando linguagens e estruturas mentais diferentes")

As respostas que a natureza requer são múltiplas, portanto, requer-se a interdisciplinaridade.

Teologia utiliza o método racional a partir da metafísica. Ciências utilizam o método racional a partir da experiência, mas mesmo no método racional existe a abstração e a intuitividade: "mesmo as ciências exatas ou experimentais não são puramente  racionais."

Os fenômenos não são sequenciais e sim concomitantes, portanto carece-se de não apenas uma moldura matemática, mas de insights que vêm na expressão de intuição e criatividade.

O diálogo entre ciência e religião é global e não local ou reduzido. Assim deve haver uma parceria cooperativa: a religião sujeita seus pressupostos à investigação científica e a ciência sujeita seus pressupostos ao exame religioso.
A Física moderna sabe que não possui todas as respostas.
As situações humanas não se situam apenas entre o saber científico, mas também em questões éticas e de valores.
ONTEM E HOJE: A Física e suas histórias
A noção sobre o átomo remonta a 600 antes de Cristo. Lá também foram inventadas a matemática, a Filosofia e a especulação científica sobre o universo. Paralelamente desenvolveram a arte e a religião. Tales: uma visão orgânica da natureza (entidade dinâmica, em constante transformação); Parmênides: cria no oposto, o essencial não pode transformar-se; Pitágoras: união mística no estudo da natureza pela razão e a espiritualidade. Os números seriam uma espécie de alfabeto simbólico da razão universal. Teoria e harmonia são conceitos de Pitágoras;
Século XVI, o divórcio: Kepler, Galilei e Newton; 1789, Lavoisier: lei da conservação da massa (na natureza nada se cria, tudo se transforma); Século XIX: raio X, as ondas de rádio; Século XX: uma revira-volta: o campo elétrico-magnético que transporta ondas.
A partir de então o mundo, a matéria, o universo e o ser humano não são mais tão simples de serem explicados.  Ideias de espaço e tempo tornaram-se arbitrárias.
Toda teoria científica é uma representação da natureza. As teorias constroem uma teia entre os conceitos.
APROXIMAÇÕES
Relações de vizinhança.
Inter-relacionalidade: A igreja nasce da Trindade; as ciências afirmam hoje que a natureza é uma e, ao mesmo tempo diversa; Em Deus há alteridade e há mistério, assim como na matéria também (o campo magnético que une forças elétricas e magnéticas, mas também é uma oposição de contrários);
Hierarquia: uma mesa é composta de moléculas, por sua vez compostas de átomos, por sua vez compostos de elétrons, nêutrons e prótons, e estes ainda compostos de partículas ainda menores. Assim a hierarquia na igreja.
Investigação: Assim como no objeto existem todas as respostas acerca dele próprio, também assim em Deus. Simplicidade: é a partir dessa simplicidade básica que se forma a complexidade que nos rodeia: cerca de 90 tipos de átomos são necessários para a formação de todas as moléculas no universo; toda matéria conhecida possui uma montagem surpreendentemente simples; no DNA se encontra ao mesmo tempo toda a variedade da espécie humana assim como sua homogeneidade.
Ensino e revelação de Jesus acerca de Deus eram simples;
A relatividade do tempo: o nosso tempo, o tempo de Deus;
O micro e o macro;
A resposta cristã sobre quem criou deve ser ao menos respeitada como possibilidade e probabilidade. Dança de destruição e criação;
CONCLUSÃO
A finalidade do pensar teológico é acreditar com razão e raciocinar com fé. Saber as respostas não é o mais importante.
Caiu no Trabalho em classe: Eva Aparecida Rezende de Moraes, doutora em teologia e pós-graduada em matemática escreveu em seu texto Interlocutores e proposições: interfaces entre Teologia e ciências modernas “Se o universo é assim interligado como pudemos um dia pensar que o poderíamos explicar de forma isolada, com um único método de uma única ciência?”. De que interligação ela estava falando? Explique em suas palavras essa interligação no Universo.
QUEIRUGA, Andrés Torres, Relação atual(izada) entre a religião e a ciência.  In: A Teia do Conhecimento: Fé, Ciência e Transdisciplinaridade. São Paulo: Paulinas. 2008, p. 37-52.
Doutor em Filosofia e Teologia, professor de Filosofia da Religião na Universidade de Santiago. É membro da Real Academia Galega desde 1980 e do Conselho de Cultura Galega, diretor de Encrucillada. Revista Galega de Pensamento Cristián e membro dos conselhos de redação de lglesia Viva, Sal Terrae, Revista Portuguesa de Filosofia e Concilium. Conquistou o Prêmio da Crítica de Ensaio em 1977 e 1985, o Prêmio de Investigação Losada Diéguez em 1996 e o Prêmi o Trasalba (Otero Pedraio) em 2003. Foi nomeado galego egrégio em 1994.
O autor escreve numa perspectiva moderna que procura enxergar a criação de Deus como um eterno ato de amor e doação do Ser divino, sendo essa a essência da Sua revelação, a sua divina presença no universo que criou e nos seres. A revelação de Deus não é algo de fora para dentro no sentido de algo novo que é dirigido ao ser humano (profeta, santo), mas é essencialmente algo de dentro para dentro. É o reconhecer a voz e o sopro divino dentro de si, motivado pela escritura bíblica e pelo movimento do Espírito de Deus. Com essa perspectiva o autor está de pronto aberto a ouvir as ciências e a reconhecer nelas também o alcance da revelação de Deus.
O autor apregoa uma evolução no tratamento da relação teologia e ciência. Vê como ridículas as controvérsias que ainda se encontram hoje acerca de evolucionismo e criacionismo porque se mantêm presas aos antigos esquemas de conflito e não de reconhecimento de que ambas atuam em campos diferenciados e em planos conceituais distintos.
As verdadeiras questões a serem tratadas, segundo o autor, são aquelas que "assumindo com plena consequência a mudança de paradigma, chamam a uma nova consideração global ou, a um repensamento dos grandes temas da nossa fé e à recuperação da experiência em que se fundam." São esses temas, repensados, que o autor pretende abordar em seu artigo.
Primeiro mostra a possibilidade desse repensar, remontando a Galileu, cuja genialidade consiste em ter sugerido a mudança de plano. A teologia deveria se ocupar de seu próprio campo e a ciência (astronomia) do seu próprio, também. Sua proposta não era destruir nada nem negar e sim reivindicar um espaço próprio para a ciência. Subjacente a isso estava a ideia de que o mundo é autônomo em todos e em cada um dos seus funcionamentos empíricos. O próprio Concílio Vaticano li, séculos mais tarde, reconheceria essa diferenciação de planos.
Os temas, então, a serem reelaborados, segundo o autor são o sentido da ação de Deus no mundo. O conflito fez necessária uma mudança radical na visão da ação de Deus no mundo porque, obviamente, em um universo de leis próprias não se podia continuar falando de um intervencionismo divino interferindo  nos acontecimentos do mundo. O Deísmo foi uma resposta incompleta, fadada ao fracasso, pois de início "não fez jus à justa exigência religiosa de uma presença viva de Deus no universo".
Tampouco a reação ortodoxa (teísmo) a que o autor chama de "deísmo intervencionista" soube lidar com esse tema da ação de Deus no mundo. Enquanto se aceita o universo com suas leis próprias, procura-se ver a ação de Deus nos "espaços ocos" em que as leis naturais ou o esforço humano fracassam ou parecem fracassar. Daí vem o pedir a Deus para chover ou pela cura de um enfermo. Segundo o autor essa visão fundamenta-se tradição já caducada que precisa ser substituída.
A criação, segundo ele, mostra que Deus não precisa intervir no mundo, porque já está sempre presente nele "Meu Pai trabalha sempre". Como pessoa moderna o cristão pode e deve aceitar que o mundo está entregue à nossa responsabilidade. Essa responsabilidade é uma responsabilidade agraciada a filhos.
Disso resultam as seguintes considerações: uma nova relação entre a ciência e a Teologia. A legitimidade científica da evolução de modo algum tem de interferir, conforme o autor, na verdade religiosa que atesta a ação criadora. Se o Universo iniciou com um Big Bang ainda aí está implícita a noção de criação.
Outra consideração importante é acerca da experiência cristã da graça. A iniciativa absoluta tanto de criar-nos como de salvar-nos é de Deus cabendo ao ser humano a resposta a essa iniciativa. O grande problema é quando, e isto acontece, nós desejamos nos tornar os primeiros e não os segundos em relação à graça de Deus.
O modo da oração, outra consideração importante. Será que "recordar a Deus", pedir para Ele atuar nas necessidades de vítimas do terceiro mundo e em doenças, tentarmos convencê-lo não causa um grave dano à imagem de Deus e fere a delicadeza de seu amor, uma vez que o tornamos exclusivista e caprichoso?
A questão do milagre e do mal. Ao contrário de o milagre representar uma defesa da soberania de Deus, induz a uma deformação no conceito da sua ação, pois sugere que essa ação nem é infinita nem é de iniciativa dele. O mal não é de criação divina. É inerente à finitude da criatura, portanto resulta impossível evitá-lo totalmente.
O autor propõe que a revelação de Deus é por outro lado o descobrimento humano do Deus que se manifesta na sua criação. Ao invés do conceito tradicional de uma revelação "caída do céu" ou através do milagre da "inspiração" operando na mente do escritor. Além desse conceito tradicional, segundo o autor, não ser pertinente nem significante (descamba para a inutilidade e indiferença) ainda torna Deus responsável pelos erros "científicos" e os horrores "éticos" presentes na tradição bíblica.
Esse conceito deturpado remonta à patrística e à escolástica e seu endurecimento se deu mesmo em reação ao iluminismo.
A proposta do autor é uma concepção teônoma, isto é, o mesmo Deus que atua no universo através das leis físicas, o faz nos indivíduos através das leis psíquicas. O profeta se dá conta de que Deus "mediante a sua presença criadora está se manifestando, embora na experiência ordinária seja difícil perceber... o Senhor está neste lugar e eu não sabia."
O que o profeta descobre não é uma realidade externa ou superposta, como diz o autor, mas a única e concreta realidade a qual deve ele percebê-la fundada e animada pelo Deus que a cria e a salva. O profeta a verá não como um intervencionismo milagroso, mas com a sua razão humana que "criada e habitada também ela por Deus, consegue captar sua presença". Assim irá compreendê-la  como revelação no sentido de que não descobriu algo por sua conta sobre Deus, mas apenas se deu conta do que Deus estava fazendo todo o possível para manifestar-se.
Assim, conforme o autor, religiões outras e filósofos e pensadores tangenciaram muitas verdades acerca desse Deus criador que fez de si a "máxima revelação possível". Nessa visão, celebra o autor, "não se negam as limitações, desvios e, ainda, perversões da história religiosa, mas aparecem na sua justa perspectiva: não fruto de um silêncio ou ocultamento de Deus mas produto da limitação ou da malícia humana".
Num diálogo da teologia com a ciência a visão do Deus criador com seu amor sempre perene permite abrir novas possibilidades. O profeta é o primeiro a dar-se conta da presença reveladora de Deus na realidade humana. Não descobre algo exclusivo para si, mas algo que Deus  estava  tratando  de revelar a todos e a todas. Ao ouvir a palavra profética a pessoa que a escuta é remetida à sua própria realidade e verdade. O autor chama esse processo de "maiêutica". A palavra não introduz algo estranho e de fora mas ajuda quem a procura a ver com os seus olhos a verdade mais íntima da própria realidade tal como ela é enquanto sustentada, habitada e agraciada por Deus.
Maiêutica histórica no sentido de que o Deus criador e que ama renova e impulsiona a história para a sua consumação final. Essa revelação só existe "na acolhida humana a ela, a qual se realiza e avança no tempo." Termos como fazer novas todas as coisas, novo nascimento e nova criação, fazem sentido nessa perspectiva de avanço histórico e de novas e complementares percepções de Deus na história.
A estrutura maiêutica oferece uma oportunidade de verificação. O próprio indivíduo ao receber a interpretação da verdade divina que se lhe apresente enxerga-se nela ou não, verificando seu sentido ou não.
As crenças do autor principais são o rompimento da teologia com a tradição caduca e ultrapassada que é vista no deísmo ou teísmo e no conceito de revelação como algo vindo de fora através da inspiração. Nesse sentido o autor distancia-se da fé histórica cristã e se aproxima mais da ciência das religiões com a tendência de ver em todas as expressões humanas, sejam religiosas ou de arte, etc., depositários da revelação divina.
Reconhecer os sinais da presença de Deus nas culturas e religiões não requer que, necessariamente, se rompa com os conceitos acerca da revelação bíblica e em Cristo.
O autor também parte do princípio que todos os seres humanos são filhos de Deus, isto é, estão numa relação de amor com Ele e nem ventila o ensino dos apóstolos de que, na cruz, Deus estava reconciliando consigo o mundo, isto é, aqueles que do mundo viessem a crer em Cristo e em sua obra salvadora.
As chaves hermenêuticas utilizadas pelo autor são diferentes das utilizadas pela fé cristã, ao longo da história. Eu diria que ele interpreta a revelação bíblica do ponto de vista histórico e não filologicamente, como parece ter sido a intenção dos autores bíblicos.
Por outro lado, o autor tangencia questões altamente significativas. A abertura a ver leis de Deus no universo criado, não apenas físicas, mas psicológicas, sociais, biológicas, etc.; A disposição de dialogar com as religiões de maneira tolerante e fraterna; o reconhecimento de que a revelação divina não é estranha ao ser humano, mas, quando olhada com fé, explica e ilumina e faz a vida fazer sentido.
Contudo, no rumo do autor, deixar-se-á a Bíblia e a fé cristã histórica para abraçar-se algo muito diverso disso.
A leitura é conquanto difícil intrigante também. Em que se pese que no meio acadêmica essas são as tendências, cabe a nós que vemos na Bíblia a revelação de Deus e na pessoa do Seu Filho Jesus, fazer frente a tais tendências, compreendendo-as, despojando-as do que melhor tem e preservando a verdade do evangelho de Jesus.
Caiu no Trabalho em Classe: André Torres Queiruga, doutor em Filosofia e Teologia, no capítulo “Relação atual(izada) entre a religião e a ciência” atribuiu a Galileu Galilei a genialidade da mudança de paradigma no campo da busca do conhecimento. A que mudança de paradigma Queiruga se referiu e o que essa mudança significou?

Mestre em teologia em Roma e doutor em filosofia na Alemanha. Professor de Filosofia na UFC.
Crenças, teses, pensamento, conceitos...
O autor entende que o diálogo entre ciências e teologias têm a ver numa compreensão da diferença entre os as concepções teóricas de cada área e o logos diferenciado e pertinente a cada quadro teórico em questão.
A relação entre ciências e Filosofias e Teologias é muito mais profunda no mundo hodierno porque as ciências constituem fator determinante de nossa cultura.
Nenhuma forma de saber pode ter um saber plenamente adequado à realidade, antes, são mutuamente complementares.
O campo da teologia é a tematização da autorrevelação e autocomunicação de Deus à humanidade através da história. A teologia busca exprimir a inteligibilidade do todo da realidade a partir do evento da ação de Deus na história humana e é, portanto, impelida a levar em consideração os saberes científicos, filosóficos, comuns, a fim de cumprir sua tarefa.
Embora não haja conflito em princípio entre Teologias e ciências, a prática tem levado a grandes conflitos, os quais, muitas vezes, decorrem da não consideração da diferença dos níveis de discursos. Exemplo: as atuais cosmologias e as filosofias e teologias de outro.
As ciências têm se orientado por mostrar a unidade fundamental da natureza, do universo como um todo que, é composto de muitos elementos que se articulam entre si como uma grande teia de relações. No entanto em seu quadro teórico, as ciências não têm como atingir esse objetivo.
Exemplo é a tentativa de demonstrar a origem do universo por parte de Stephen Hawking... O universo começou e qualquer outra instância como, por exemplo, um criador, é inútil para enfrentar tal problemática.
Já em termos teológicos e filosóficos a questão transita por categorias categorias filosóficas e teológicas: a criação não pode ser entendida como um evento no início do tempo, mas tem a ver com a relação permanente entre o ser absoluto e o contingente. O contingente só pode existir a partir de um ato do Absoluto, Necessário. Assim, o teólogo e o filósofo afirmam que tudo que não é Deus é criado pelo único Deus, ser absoluto pessoal.
 O autor começa explanando que o entendimento por parte do ser humano do mundo acontece no campo da linguística, através da linguagem.
“Tanto ciência como Filosofia e a Teologia têm a ver com exposição, com articulação do saber que ocorre no seio da linguagem”.
A linguagem tem duas classificações: as linguagens naturais, normais, empregadas pelos diversos grupos humanos; as linguagens artificiais, as construídas, próprias de cada saber ou campos teóricos, cujo objetivo é a apresentação descritiva ou teórica do mundo (logos).
"... o objetivo da linguagem científica e da linguagem teológica, que são teóricas, é a expressão do mundo e de suas partes."
Linguagens artificiais contem palavras, frases e teses. A tese (quadro teórico).
A Filosofia tem seu campo de saber na totalidade do ser enquanto a ciência tem seu campo de saber na compreensão dos entes através de suas estruturas particulares.
O campo da teologia nasce da filosofia que concebe a existência do ser absoluto, de quem procede todo o contingente (criação, etc.). A teologia terá como campo o agir livre desse
Ser Absoluto na história.
"As teologias são um discurso humano, portanto uma atividade em que o que está em jogo é a articulação teórica da inteligibilidade do conteúdo da fé enquanto acolhimento da autocomunicação de Deus à humanidade ..."
Caiu no Trabalho em Classe: Manfredo Araújo de Oliveira, mestre em teologia e doutor em filosofia, professor de Filosofia na Universidade Federal do Ceará, afirma no texto exposto em classe que “Nenhuma forma de saber pode ter um saber plenamente adequado à realidade, antes, são mutuamente complementares.” Você concorda com isso? Explique essa afirmação do autor.


HEIMER, Haroldo. Sustentabilidade e cuidado. Contribuições de textos bíblicos para uma espiritualidade ecológica. In : A teia do conhecimento: Fé, ciência e transdisciplinaridade.
Doutor em teologia, professor do departamento de Ciências da Religião da Universidade Católica de Goiânia. A linha do autor é protestante liberal. Escreveu o livro Toda a Criação: Bíblia e ecologia e tem dado palestras na área da teologia e ecologia.
O autor inicia afirmando que a própria ciência não está segura de que a situação do meio ambiente hoje é fruto de ações antrópicas (intervenções exacerbadas do ser humano sobre a natureza) ou se é devido a mudanças climáticas decorridas de fatores naturais cíclicos. Contudo, a postura ética no tempo presente precisa ser construção de tradições de cuidado com o meio ambiente. Ele chama isso de construção de uma "espiritualidade ecológica" cujo objetivo é tornar a "pegada do homem" mais leve sobre o planeta.
O autor faz uma tentativa de ler e reler os textos bíblicos resgatando tradições pré-modernas e potencializar suas mensagens em tempos pós-modernos, isto é, construir uma hermenêutica ecológica de textos bíblicos.
Essa hermenêutica vai se construir a partir da realidade presente do intérprete que com uma nova visão da realidade como sendo diversa e una, pertencente a um todo, transdisciplinar se aproxima dos textos da tradição judaico-cristã para enxergar neles mensagens que sejam relevantes a essa área de interesse e necessidade atuais: o meio ambiente e o cuidado que se precisa ter dele.
O autor aborda os relatos (míticos, segundo ele) da criação em Gênesis. Nesses relatos fala-se do lugar do ser humano na criação. Os relatos não são antropocêntricos, antes culminam no descanso sabático do criador (Gn 2.1-3).
As atribuições de domínio (Gn 1.28) devem ser relativizadas em favor de uma leitura que destaque o propósito da colocação do homem como o que trabalha e cuida (Gn 2,15), bem como a relação intrínseca entre o Adam e a adamah.
Nas tradições do sabático ver-se-á que a vida humana não tem o sentido na servidão do trabalho, antes o trabalho necessário e gratificante precisa ser intermediado por tempos de pausa e descanso. O sábado foi feito por causa do homem, segundo Jesus. Juntamente à idéia do sábado vêm também idéias de descanso da terra, libertação dos escravos, remissão de dívidas (ano aceitável).
Em Deuteronômio 22.6-7 insights ecológicos sobre lidar com a fauna e a flora Deuteronômio 20.19,20.
O texto sobre a higiene em Deuteronômio 23.13-15 implica numa interpretação que faça o homem "se converter" e amenizar suas intervenções sobre a terra que lhe foi dada para morar.
O livro de Jó merece uma leitura ecológica também, conforme o autor. A resposta de Deus vem em termos de administração e gerenciamento da Sua criação. O livro de Jó traz uma consciência não antropocêntrica da criação divina.
Nos salmos em alguns lugares também se propicia uma leitura ecológica: Salmo 104 e Salmo 8.
No Novo Testamento as ênfases na gratuidade da vida, os gemidos da criação, no tema da água.
Conclusão: A Bíblia tem suas intencionalidades enquanto obra literária e teológica e, conquanto a ecologia não é seu centro, pode-se lê-la na perspectiva de construir uma dimensão holística e superar as fragmentariedades do viver, buscando sempre uma integração entre o grito dos pobres e os gemidos da criação.
MILLEN, Maria Inês de Castro. A força da paraclese, In A teia do conhecimento: Fé, ciência e transdisciplinaridade, pág. 265-270.
A resiliência é um conceito psicológico emprestado da física: A capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, estresse etc. - sem entrar em surto psicológico.
Administração de emoções
Refere-se à habilidade de se manter sereno diante de uma situação de estresse.
Controle dos impulsos
É a aprendizagem de não se levar impulsivamente pela experiência de uma emoção.
Otimismo
Nesse fator. ocorre na resiliência a crença de que as coisas podem mudar para melhor. Há um investimento contínuo de esperança e, por isso mesmo, a convicção da capacidade de controlar o destino da vida, mesmo quando o poder de decisão esteja fora das mãos.
Análise do ambiente
O quarto fator é a análise do ambiente. Trata-se da capacidade de identificar precisamente as causas dos problemas e das adversidades presentes no ambiente. Essa possibilidade habilita a pessoa a se colocar em um lugar mais seguro ao invés de se posicionar em situação de risco.
Empatia
A empatia é o quinto fator que constitui a resiliência, significando a capacidade que o ser humano tem de compreender os estados psicológicos dos outros (emoções e sentimentos) (colocar-se no lugar do outro).
Autoeficácia
Um homem alcoólatra propõe a si mesmo colocar em prática um destino longe desta doença pela seguinte ação convicta: não dar o primeiro gole.
Alcance de pessoas
É a capacidade que a pessoa tem de se vincular a outras pessoas para viabilizar soluções para intempéries da vida, sem receios e medo do fracasso.
"Maria Inês de Castro Millen: A força da paraclese"
Resiliência vem da física que significa "propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora da deformação elástica". Isto é "a capacidade de um material de resistir ao choque." Ex.: os barracos dos sem-terra, feitos de madeira e lona presos por tiras de câmara de pneu. O amarrado fica preso e ao mesmo tempo flexível.
Passar pelas adversidades da vida e conservar aptidões, acrescentando conhecimento e sabedoria à própria história é a qualidade de pessoas resilientes.
Cicatrizes não podem ser apagadas mas podem ser usadas a nosso favor, fazendo-as não mais sangrar e tornarem-se fonte de estímulo a encontrar soluções criativas para o presente e para o futuro.
"Paráclese"= flexibilidade_ Resilientes são sempre os melhores encorajadores dos outros, aqueles que sempre testemunharão que mesmo em situações adversas, resistir e esperar é ainda a melhor solução.
"Curador ferido" = ajudar as pessoas, ajudando-nos a nós mesmos.
Só podemos ser curadores se seguirmos o "Salvador ferido".
1. Encarar mudanças e dificuldades como oportunidades: "É aceitar que a mudança é uma oportunidade de crescimento, ter a visão de que as adversidades enfrentadas trazem essa possibilidade",
2. Autoconfiança: "É a pessoa se sentir confiante para enfrentar desafios".
3. Autoeficácia: "É acreditar na competência, se sentir capaz"
4. Bom Humor: "As pessoas que tem bom humor se esforçam para tomar o ambiente mais leve em situações difíceis".
5. Controle emocional: "Quem tem autocontrole consegue expressar adequadamente sua emoções o que permite enfrentar melhor situações difíceis".
6. Empatia: "No ambiente de trabalho, as relações podem ficar desgastadas porque são intensas e frequentes, por isso a importância da empatia é extrema" .
7. Independência: "É não ter o receio de travar, de empacar".
8. Otimismo: As pessoas com esta característica têm esperança no que está por vir em suas vidas.
9. Reflexão: Ter a capacidade de analisar e refletir quando o mundo esta desabando ao seu redor.
10. Sociabilidade: Está ligada ao bom relacionamento interpessoal. Quem tem esta característica consegue criar vínculos com as outras pessoas.
11. Valores positivos: Pessoas que seguem seus valores e princípios. "Cada um tem seus próprios valores, ter essa orientação é que é muito importante".